segunda-feira, 3 de março de 2014

O demônio e eu

Passado alguns meses, eu realmente estava fazendo um certo sucesso. Minhas músicas e habilidades haviam melhorado bastante, mas algo estava muito errado, eu tinha pesadelos constantes, não conseguia dormir e tudo que pensava era naquela mulher.
Comecei então a investigar para ver se conseguia descobrir algo sobre ela, seu nome era Regan e morava perto daquele velho bar, decidi então ir até sua casa para descobrir o que estava acontecendo comigo e o que realmente ela tinha feito. Ao chegar no endereço que havia descoberto, tive uma enorme surpresa, a casa estava em ruínas, parecia que havia sido abandonada à alguns anos.
Entrei pela porta da frente que se encontrava entreaberta, o lugar parecia ser bem bonito em sua época de ouro, mas agora só se encontrava paredes velhas e móveis castigados pelo tempo. Senti um frio que subia pela minha espinha e arrepiava os cabelos de minha nuca, eu não estava mais sozinho. Olhei para trás e lá estava ela, com o mesmo vestido vermelho que me chamara tanta atenção. Ela sorriu e me perguntou se eu estava procurando por ela, minhas pernas estremeceram, como ela poderia saber?
 Então reunindo todo o resto de coragem que ainda habitava meu corpo, respondi que sim e que  tinha perguntas das quais queria respostas, nesse momento os seus olhos ficaram negros novamente, e antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa ela disse a palavra que me fez pensar em tudo que havia a ignorado nos domingos de missa em que tudo que eu fazia era apenas flertar com a mulher do Billy, dono do bar em que tocava minhas músicas, ela disse ''Demônio''.
 Eu então caí sentado no chão, como se tivesse acabado de levar um tiro no peito, ela continuou, disse que estão sempre entre nós, se alimentando de nossos desejos mais sórdidos, nosso pecados e por causa disso ela havia me procurado, afinal não ou nenhum santo. Ela disse ainda que eu tinha feito um pacto com ela naquela noite e que minha alma seria sua dentro do prazo de dez anos, mas agora a parte mais estranha, ela disse que eu poderia mata-la e matar todas as outras ''coisas'' que viriam atrás de mim, mas eu teria que descobrir como e sozinho. Quando indaguei o porque de ela me contar isso ela simplesmente respondeu ''porque eu gosto de jogos'' e a partir daquele momento o jogo havia começado, o prêmio? nada mais nada menos do que a minha alma e subitamente ela desapareceu.
 Fiquei ali por horas, pensando em tudo o que acontecera até que decidi o que deveria fazer, eu entrei nessa sozinho e assim eu deveria sair, assim começava minha busca por conhecimento e respostas.


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